Nesta seção, são divulgadas as informações pertinentes aos programas, ações, projetos e atividades implementadas pela NUCLEP. As ações sob responsabilidade da NUCLEP estão inseridas no Programa 0032 - Programa de Gestão e Manutenção do Poder Executivo, 0901 - Operações Especiais: Cumprimento de Sentenças, 0910 - Operações Especiais: Gestão da Participação em Organismos e Entidades Nacionais e Internacionais, 2206 - Política Nuclear e3001 - Energia Elétrica. Tais Programas são gerenciados no âmbito do Ministério da Minas e Energia - MME.
Nuclear

A Nuclep foi criada a partir da decisão estratégica do Brasil de integrar um seleto grupo de nações que dominam o ciclo de produção, processamento e uso do urânio e combustíveis nucleares com fins pacíficos. O projeto inicial do governo brasileiro previa a construção de 8 usinas nucleares, das quais apenas 3 tiveram seus projetos iniciados até o momento. A Nuclep esteve diretamente envolvida no desenvolvimento de praticamente todos os equipamentos usados no ciclo de geração nuclear: vasos de pressão dos reatores, evaporadores, condensadores, trocadores de calor, entre outros equipamentos complexos, que atendem a exigências normativas rigorosas. Com o apoio da Nuclep, essas tecnologias foram absorvidas e passaram a ser produzidas no Brasil.
Não se viabiliza um programa nuclear sem a existência de uma empresa capaz de suprir as necessidades em equipamentos para uma usina nuclear, assim como não é possível sem uma empresa que produza os combustíveis necessários. Dessa forma, Nuclep, INB e o complexo Angra 1, 2 e 3 compõem o alicerce do programa nuclear brasileiro.
Este tema ganha especial importância atualmente, com a crescente pressão internacional por uma matriz energética menos poluente. O Brasil se destaca entre as nações do planeta com um dos projetos de energia mais sustentáveis. A energia nuclear se apresenta como uma excelente alternativa para equilibrar o balanço de produção de energia elétrica, somando-se a outras fontes (hidráulica, eólica, carvão e solar) como um elemento regulador viável. Ela oferece energia com baixo impacto ambiental e é uma fonte segura e confiável, sem a dependência de condições climáticas adequadas, por exemplo. Além disso, há outros benefícios indiretos, como a produção nacional de radioisótopos essenciais à medicina diagnóstica por imagem, o impulso ao setor alimentício e ao desenvolvimento de áreas como engenharia, química e física, entre outros.
Defesa

Ao longo de quase quatro décadas, a Nuclep tem contribuído para o desenvolvimento de tecnologia nacional na produção de submarinos militares para a Marinha do Brasil. De 1986 a 2005, foram entregues quatro cascos resistentes usados na construção dos submarinos Tamoio, Timbira, Tapajó e Tijuca, com tecnologia vinda da Alemanha. Em 2009, iniciou-se o PROSUB, um programa de desenvolvimento mais ambicioso, que envolve um importante projeto de transferência de tecnologia e que resultará no lançamento de cinco submarinos: quatro de propulsão convencional e um de propulsão nuclear. O submarino nuclear brasileiro, de tecnologia desenvolvida no país, demanda grande esforço estratégico. Durante toda essa trajetória, a Nuclep esteve presente, fornecendo o que há de mais avançado em engenharia para a produção desses equipamentos.
Os geradores de vapor e o vaso de pressão do reator nuclear do submarino nuclear brasileiro também estão sendo produzidos pela Nuclep. Esses são equipamentos cruciais para o funcionamento da embarcação, e, quando o projeto estiver concluído, colocará o Brasil em um seleto grupo de sete nações que possuem submarinos nucleares em suas frotas.
Óleo & Gás

Outro segmento igualmente importante para o Brasil é o setor de óleo e gás. A NUCLEP já fabricou blocos semissubmersíveis para as plataformas de exploração offshore da Petrobras, vasos e reatores para o processamento de petróleo bruto, torres de resfriamento, entre outros equipamentos. A Petrobras é o principal cliente nesse setor. Recentemente, a Nuclep venceu uma licitação para a produção de 148 estacas torpedo, que pesam de 24 a 120 toneladas e se destinam à ancoragem offshore de linhas de exploração e produção, além de plataformas marítimas. Para o próximo ano, há uma perspectiva de produção de mais de 1.300 toneladas desses dispositivos.
Energia

Em 2023, a Nuclep participou de uma concorrência para a produção de torres de transmissão de energia, uma nova frente tecnológica para a empresa. O desafio foi produzir e entregar 3.470 toneladas desses equipamentos, correspondentes a 355 torres, que estarão prontas até o final de 2024.